Ao passar por ali, Jesus para em frente a coletoria de impostos. Olha para Levi e diz “Segue-me” (Marcos, 2,13-14). Sem pensar, Levi levanta-se, deixa tudo para trás e torna-se um apóstolo fiel de Jesus. Essa cena com certeza representa um momento crucial para a vida de Levi, que àquela altura já ouvira falar do tal Jesus, que curava os doentes e cuja palavra ardia os corações.
Levi, que depois de conhecer Jesus, passou a ser chamado de Mateus, era um judeu cobrador de impostos, posição esta que lhe trazia privilégios financeiros e certo prestígio entre os romanos. No entanto, para seu próprio povo, pessoas como Mateus eram vistas como traidores, pois cobravam impostos em favor de um reino inimigo, utilizavam de sua posição para explorar os mais pobres e favorecer a si próprio e a seus amigos.
Acontece que Mateus sentiu-se atraído por aquele judeu que nenhuma riqueza ou poder tinha para lhe oferecer. Algo abrasava seu coração, um chamado que o impulsionava a escolher um outro tesouro, do qual traça nenhuma poderia destruir ou ladrão algum poderia roubar.
Quando ele se levantou da coletoria, deixou para trás toda sua riqueza e toda a vida de pecado que levava. Seguiu Jesus com um novo nome e, dia após dia, aprendeu a acumular os tesouros do céu. Esteve com Jesus em todos os Seus momentos, registrou cada memória que guardou em seu coração, escrevendo o primeiro evangelho e, depois da morte do Mestre, evangelizou muitos povos.
O dia 21 de setembro é reservado à sua memória e Mateus é considerado padroeiro dos banqueiros, contabilistas, funcionários da alfândega e guardas financeiros. Mas também foi escolhido como padroeiro de uma das comunidades da nossa paróquia São Francisco de Assis, por ser o primeiro evangelista.
A comunidade São Mateus, há 30 anos, celebra a festa de São Mateus e com ele aprende que Jesus é a maior riqueza que alguém pode querer. Uma comunidade que foi gestada na intimidade das casas de muitos que hoje já estão na Terra Prometida e de tantos outros que ainda contribuem com seu crescimento, onde missas foram celebradas sob um grandioso abacateiro e os tantos encontros nos lares do Bairro Colorau forjaram em seus membros um coração ardente, ao ouvirem a voz do mesmo Mestre: Vem e segue-me! A voz do Mestre continua a ecoar!
Maisa Martins
Equipe de Redação PASCOM