POR QUE REZAMOS PELOS FIÉIS FALECIDOS?

A Igreja Católica celebra, no dia 2 de novembro, o Dia de Finados. A tradição da Igreja sempre exortou a oração aos falecidos. Os judeus já rezavam pelos mortos, como narra alguns trechos do Antigo Testamento (Tb 12, 12; 2Mc 12, 43-46), além de relatos de cristãos da Igreja Primitiva que rezavam pelos seus falecidos e visitavam túmulos dos mártires. No século V, a Igreja passou a dedicar um dia do ano aos defuntos, principalmente aos quais ninguém mais se lembrava.

Em síntese, rezar e honrar a memória dos falecidos é celebrar a comunhão do Corpo Místico da Igreja, formado pela Igreja Triunfante (os que estão no céu), a Igreja Padecente (os que estão no purgatório) e a Igreja Militante (que somos nós). Aqueles que morrem na graça de Deus, destinados ao céu,  mas imperfeitamente regenerados, são submetidos ao purgatório para purificação das últimas escórias, de todo resquício de pecado, a fim de obter a santidade necessária para entrar no céu.

Sendo assim, os cristãos peregrinos na terra podem ajudar os irmãos falecidos que estão no purgatório através de orações e sufrágios (ato de piedade pelos mortos). O Catecismo da Igreja Católica ensina: “Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos (…) e, “já que é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus pecados” (2Mc 12, 46), também ofereceu sufrágios em favor deles”. Os sufrágios se aplicam ao fiéis falecidos conforme suas necessidades. Se alguém reza por uma alma que já se encontra na glória do céu, esta prece beneficiará a alma que ainda precise dela.

No Dia de Finados todos somos chamados a confrontar o mistério da morte e, por consequência, a busca por uma vida digna: “Bem-aventurado o homem que, quando o Senhor vier buscá-lo, estiver preparado”. Rezando com amor e afeto pelos nossos defuntos, renovamos a fé na vida eterna e a coragem de testemunhá-la ao mundo. Que nossas preces e sacrifícios em favor das almas lhes resplandeça, o quanto antes, a luz da bem-aventurança. Que as almas, pela misericórdia divina, descansem em paz.

Stephany Strombeck, paroquiana na comunidade São Mateus.

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