Caríssimos(as)
Neste mês iniciamos a quaresma, tempo propício para conversão e mudança de costumes e caminhos. O Senhor nos acompanha quando fazemos o propósito de rever nossa vida e transformá-la para melhor, segundo Sua vontade. Que as virtudes da oração, da esmola e do jejum nos ajudem a sermos melhores e mais santos, a sermos “luz no mundo”.
Num ambiente em que todos querem ter a razão e ser ouvido, como cristãos católicos, precisamos dar mais atenção à Palavra de Deus e da Igreja, mãe e mestra na fé. Muitas vezes se questiona a Palavra de Deus e da Igreja e se dá ouvido demasiado às palavras do mundo, especialmente de certos veículos de comunicação “demoníacos”, que destroem vidas, famílias e sonhos em prol de mentiras e novidades, pois infelizmente muitos meios de comunicação querem novidade e não verdade. Faz-se necessário estarmos atentos com a luz de Cristo para sabermos discernir o que realmente é verdade e procede de Deus, o que realmente vale a pena. Devemos, sim, dar ouvido a tudo e triar aquilo que é bom e conveniente a nossa vida de acordo com nossos valores. Atualmente alguns grupos desejam “enfiar goela abaixo” tanto lixo, isto é, tantas ideologias que muitas vezes parecem mais do diabo, tantos falsos valores e mentiras disfarçadas e, infelizmente, quantas pessoas deixam-se seduzir. É preciso sentirmos a presença de Deus e fazer o caminho com Ele. É preciso buscar a Deus… E fazemos isso em comunidade, não sozinhos… A fé não é conveniência, a fé e Deus não podem ser customizados (personalizados). Corremos o risco de cair em tal pecado. Queremos um Deus a nossa medida, uma fé a nossa medida, uma Igreja a nossa medida, do nosso jeito… É preciso olhar ao redor e perceber que não estamos sozinhos, que vivemos em sociedade. É preciso deixar Deus fazer parte da nossa vida cotidiana com Sua Palavra, Seus ensinamentos. Que possamos, nesta quaresma, exercitar tais virtudes.
Também neste mês agradeço a Deus por mais um ano de ordenação sacerdotal e, dentro de alguns dias, natalício também, dos quais 7 anos foram vividos nesta querida paróquia. Atualmente, ser padre tem se tornado um desafio cada vez maior e, às vezes, até um risco. Mas por Jesus não vale a pena, vale a vida… Às vezes o peso da missão é desgastante, mas as alegrias suprem tais dissabores. Acima de tudo é preciso olhar para Jesus… Quando me perguntam: por que o senhor quis ser padre? Respondo: Para levar Jesus às pessoas e as pessoas até Jesus. Mesmo com meus pecados e limitações, sei disso, e mesmo que não soubesse, sempre há os puritanos de plantão que recordam, como se o padre fosse o “super-herói da fé”, que caiu do céu… Agradeço a colaboração de tantos nesta paróquia onde sou pároco, mas também vivo minha fé e conto com oração, compreensão e amizade. Sei que não sou perfeito, afinal não sou anjo, mas acredite, faço o possível e impossível para ser melhor e ser santo, pois essa é nossa meta.
Despeço-me com minha bênção sacerdotal a você e sua família +.
