Caríssimos(as)
Nestes meses de junho e julho, especialmente, nossa paróquia se une em torno dos padroeiros de nossas comunidades para celebrarmos nossa fé e assim convivermos em nossas quermesses. Faz-se necessário e talvez até imprescindível o convívio, o encontro, o “estar junto”. O convívio sadio é sempre uma benção de Deus, tanto para rezarmos como para comemorarmos algo, tanto em família como em comunidade de fé. Num mundo onde tem-se prevalecido o egoísmo, o individualismo, é fato que sozinho o ser humano sucumbe. E pior, infelizmente após uma pandemia terrível, que além de ceifar vidas espalhou terror e mentira muitas vezes, onde percebemos o quanto precisamos do outro. Tristemente, o ser humano em vez de aprender a conviver mais, ao contrário, se afastou mais, além de ver no outro um adversário. A pandemia do Coronavírus mostrou o lado pior do ser humano em diversas áreas. Por isso a importância da igreja, da comunidade onde se vive a fé, mesmo com nossas diferenças e até às vezes e, infelizmente, desavenças… É importante estar junto! Jesus já nos deu grandes ensinamentos e exemplos sobre tal prática. Claro que o convívio, o “estar junto” é uma arte, nem sempre fácil de praticar, pois somos limitados e fracos e quase sempre queremos impor o nosso modo de pensar e agir, senão não participamos mais, senão “não brincamos mais”. É salutar olhar ao nosso redor também, notar que não estamos sozinhos e especialmente na igreja, temos muitos que caminham conosco e estão ali também para nos ajudar e serem ajudados nesse caminho rumo a Deus. O outro é sempre o nosso reflexo! São João em sua carta nos ensina que: “Se não amamos o nosso próximo que vemos, como amaremos a Deus que não vemos?”. O amor cristão se traduz em atitudes e gestos. É, portanto, concreto, não abstrato como aprendemos na escola. Isso vale para o amor conjugal, para o amor entre amigos e para o amor com Deus. É preciso muitas vezes “sentir” com o outro, ter mais empatia, isto é, se colocar no lugar do outro… O mundo precisa urgentemente de pessoas com empatia, com amor e com fé.
Busquemos beber na fonte de amor e sabedoria, que é Deus, e que se revela a nós na bíblia e se dá a nós na eucaristia. E assim sintamos Sua presença em nós e em nossa vida. Sintamos que Ele está no “meio de nós”, da nossa vida, da nossa família, da nossa comunidade. “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”, disse Jesus. Tenhamos o Senhor sempre no “meio de nós”, pois dessa forma, com certeza, saberemos ser mais empáticos e conviver com alegria e contagiar aqueles que estão ao nosso redor.
Despeço-me com minha benção sacerdotal a você e sua família, rezando a Deus Pai que em sua casa e família reine o convívio e o amor e que você seja sinal desta presença de Deus no mundo.
Pe. Dr. Fernando Henrique Giuli Batista
Pároco