Caríssimos(as)
Neste mês que iniciamos, também recomeçamos o ano pastoral em nossa arquidiocese e em nossa paróquia. De maneira especial neste ano queremos destacar um “novo recomeçar”, um momento de retomar algumas atividades que vinham acontecendo, mas com menor intensidade devido a pandemia, mas que nunca paralisamos. É tempo de criarmos um “novo normal”, não apenas na fé, mas em tudo. A pandemia deixou marcas profundas e, por que não dizer, trágicas na vida das pessoas e das famílias. Infelizmente, não vejo nada de bom ou positivo… Temos uma vacina, graças a Deus, e independente das ideologias em questão é de bom tom se vacinar e se cuidar. Mas é preciso cuidar agora dos males que o coronavírus nos deixou, uma herança maldita. Então, mais do que nunca, buscar a Deus e senti-Lo em nossa vida é de suma importância para retomarmos a vida e reinventarmos tantas coisas. A missa, portanto, é nosso “manancial de salvação”, conforme nos diz o salmista. E junto da missa nossa grande oração, a leitura e meditação da Palavra de Deus, da bíblia e nossa oração diária, nosso diálogo com Deus e nossa vida em comunidade, onde praticamos nossa fé e não ficamos apenas na teoria ou no egoísmo. Não se vive a fé à parte, no privado…
Em nosso 5º Cerco de Jericó, que foi uma bênção, destacamos justamente: “Podes reinar, Senhor Jesus”. Uma vez mais, professemos tal afirmação. Se Deus é o centro da nossa vida e nos dirige, tudo corre bem. É preciso estar atento aos seus sinais em nossa vida e na vida da sociedade. Deus continua a falar como antes falava, mas é preciso estar em sintonia, em comunhão, é preciso buscá-Lo. Sempre gosto de ressaltar que na liturgia devemos fazer uma experiência com Deus e senti-Lo. Não podemos ser simplesmente religiosos, que conhecem a doutrina, participam da pastoral há tantos anos, mas não sentem a presença de Deus na vida, no cotidiano e, portanto, não se transformam interiormente e, consequentemente, exteriormente, nas atitudes. Infelizmente, quantos vivem assim em nossas comunidades… E, mesmo que muitos, na igreja ou na sociedade, vivam a se lamentar e murmurar, contra um secularismo, um anticlericalismo e um afastamento de Deus e da fé, nós devemos fazer a diferença e levar Deus e a nossa fé a estes ambientes. Quem fez realmente a experiência com Deus e sente Sua presença, vai levá-Lo onde seja necessário, com sua vida e seu testemunho. Não podemos nos envergonhar do nosso Deus e da nossa fé católica. Não queremos impor nada a ninguém, nem faltar com respeito, mas temos nossa fé e não podemos negá-la ou escondê-la, pois com nosso testemunho vamos levar muitos a Jesus, e essa é nossa primeira missão como batizados e filhos de Deus.
Avante, busque a Deus e leve-O a todos os cantos do mundo… Evangelizar é simplesmente levar Deus aos outros com nossa palavra e com nossa vida. Como nos ensina São Francisco de Assis: “Que nossa vida seja um evangelho vivo”.
Despeço-me com minha bênção sacerdotal a você e sua família, contando também com suas orações.
Pe. Dr. Fernando Henrique Giuli Batista
Pároco
