PALAVRA DO PÁROCO – FEVEREIRO DE 2024

Caríssimos(as),

Neste mês, iniciamos a Quaresma deste ano, um tempo forte de penitência, revisão de vida e conversão. A liturgia da Igreja nos orientará no sentido de transformarmos em nossa vida aquilo que não convém ao ser cristão católico. É tempo de revermos nossa adesão a Cristo, Sua Igreja e Seus ensinamentos, sendo testemunhas fiéis no mundo. Há muitos que se dizem católicos, mas, infelizmente, não vivem como tal e ainda dão um contratestemunho da fé. Muitos frequentam a missa, mas há tempos não recebem o sacramento da confissão. É bom recordar que um dos mandamentos da Igreja é confessar-se ao menos uma vez ao ano. O sacramento é um sinal da graça e do amor de Deus, momento de rever a vida, os pecados e contar com a ajuda de Deus para ser melhor e mais santo, além de outras práticas cristãs católicas que devem ser vividas e do testemunho daquilo que cremos, onde quer que estejamos.

Nossa fé é algo precioso e rico e precisa ser testemunhada, vivida e propagada. Talvez muitos não se aproximem ou não busquem a fé católica atualmente porque nós, como católicos, não testemunhamos como deveríamos e não divulgamos como deveríamos, como verdadeiros missionários. Precisamos dar testemunho de uma fé bela e alegre, que entusiasma e dá sentido à vida. Às vezes, me deparo com cristãos católicos que vivem uma fé de “cemitério”, sem ânimo algum ou amargos e intransigentes, talvez porque não fizeram a experiência verdadeira com Cristo vivo e ressuscitado.

Sem contar aqueles mais “católicos que o papa”, que acham até que sabem mais que o papa, ou aqueles que estão há décadas na igreja e ainda não aprenderam a viver em comunidade, fraternidade, a ter misericórdia e amor, a respeitar as diferenças. Claro que há diferenças, mas “no essencial devemos caminhar unidos”, ensina Santo Agostinho.

Aqueles que dizem que “vivem a fé em casa, que não precisam da igreja ou da comunidade” estão bem enganados, e até duvido se vivem alguma fé realmente. Acabam, na verdade, vivendo uma conveniência, o que eles “acham” que é correto. Fico a pensar: Acham que o que conhecem de Deus e de Cristo veio de onde? Caiu do céu? Que a Bíblia como conhecem caiu do céu? A comunidade é importante na vivência da fé e para comunhão com Deus, pois é em torno do altar que o Cristo se dá na Eucaristia e se revela plenamente. Não somos uma ilha; necessitamos do outro e na fé ainda mais. Abramos nosso coração às surpresas e maravilhas de Deus na vida de comunidade e percebamos que temos diferenças, mas temos muito mais semelhanças.

Despeço-me com minha bênção sacerdotal a você e sua família para que possam viver uma Quaresma de conversão e renovação da fé em Cristo e na vida de comunidade.

Pe. Dr. Fernando Henrique Giuli Batista
Pároco

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