DOENÇA DE PARKINSON: CONHECER MAIS SOBRE A DOENÇA É O PRIMEIRO GESTO DE AMOR

No Brasil existem poucos números atuais sobre a Doença de Parkinson, mas se considerarmos o envelhecimento da população, estima-se que cerca de 200 mil pessoas com idade superior a 65 anos sofram com o problema.

A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, progressiva e sem cura. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é uma substância química que ajuda na realização dos movimentos do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças a essa substância em nosso cérebro. Na falta dela, por motivos ainda não conhecidos, o controle motor é perdido, ocasionando os sinais e sintomas característicos da doença.

Para diagnosticar o problema é preciso estar atento. A doença pode iniciar entre 10 e 15 anos antes dos sintomas se evidenciarem, como a lentidão motora (bradicinesia), a rigidez das articulações, os tremores de repouso nos membros superiores, desequilíbrio e também podem vir acompanhados de diminuição do olfato, alterações intestinais, do sono e depressão. A constatação é feita por exames neurológicos e pela avaliação do histórico do paciente pelo médico neurologista. A ressonância magnética e a tomografia computadorizada podem ser realizadas com o intuito de descartar outras doenças.

Caso seja constatada, o tratamento deve ser feito à base de medicamentos, que repõem parcialmente a dopamina que está faltando e, desse modo, melhoram os sintomas da doença. Devem, portanto, ser usados por toda a vida da pessoa que apresenta tal enfermidade. Tratamento complementar com equipe multiprofissional é muito recomentado, como a fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, suporte psicológico e nutricional, buscando evitar e/ou retardar a perda de suas funcionalidades e habilidades motoras, garantido, assim, melhor qualidade de vida e independência por muitos anos. Quando o paciente não responde bem aos remédios prescritos, há ainda possibilidade de alguns tratamentos cirúrgicos e com estimuladores cerebrais profundos, indicados pelo médico.

Não há como prevenir a Doença de Parkinson com os recursos disponíveis atualmente. Embora hoje seja possível identificar indivíduos com alto risco, as estratégias medicamentosas e com outras terapias alternativas ainda não se mostraram eficazes para prevenir a progressão da doença.

Dia 11 de abril é reconhecido o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, que tenhamos a partir de agora, com o conhecimento adquirido, durante todos os outros dias, fé, apoio, respeito, amizade e carinho aos parkinsonianos.

Ana Paula Ferraz Franco Marcato, fisioterapeuta e paroquiana na comunidade São Francisco de Assis.

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