ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA: A ESPERANÇA DE ESTAR COM DEUS POR TODA A ETERNIDADE

O prefácio litúrgico da Solenidade da Assunção de Nossa Senhora resume a beleza deste dogma proclamado pelo papa Pio XII, em 1950: “Hoje, a Virgem Maria, mãe de Deus, foi elevada ao céu. Sinal de inabalável esperança e consolo para o povo peregrino, ela é primícia e imagem da Igreja chamada à glória, pois não quisestes que sofresse a corrupção do sepulcro aquela que gerou, de modo inefável, o vosso Filho feito homem, autor de toda a vida”.

Desde os primórdios do cristianismo, a igreja já celebrava a festa do Trânsito de Maria, no século VII, ou segundo a tradição bizantina, a dormição de Maria, honrando sua passagem da vida terrena para a vida celeste.

Como afirmou São João de Damasco, no ano 749, “Era necessário que aquela que, no parto, havia conservado ilesa sua virgindade, conservasse também, sem corrupção alguma, seu corpo depois da morte. Era preciso que aquela que havia trazido no seio o Criador feito menino habitasse nos tabernáculos divinos. Era necessário que aquela que tinha visto o Filho sobre a cruz, recebendo no coração aquela espada das dores das quais fora imune ao dá-Lo à luz, O contemplasse sentado à direita do Pai. Era necessário que a Mãe de Deus possuísse aquilo que pertence ao Filho e fosse honrada por todas as criaturas como Mãe de Deus”.

Assim sendo, o dogma de fé proclamado pelo Papa Pio XII, em 1950, por meio da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, foi motivo de grande festa em todas as igrejas do mundo.  A Solenidade litúrgica passou a ser celebrada no dia 15 de agosto e, de acordo com o Papa Paulo VI, na Exortação Apostólica Marialis Cultus, ela “celebra a gloriosa Assunção de Maria ao Céu, festa de seu destino de plenitude e de bem-aventurança, glorificação de sua alma imaculada e de seu corpo virginal, de sua perfeita configuração com Cristo ressuscitado” (MC n.6).

A Assunção de Nossa Senhora antecipa sua ressurreição, já que Nela não há a corrupção do pecado original. Diferentemente dos corpos dos santos e dos justos, que depois da morte esperam o último dia para unir seu corpo à sua alma gloriosa, Maria recebeu um privilégio todo singular, por sua Imaculada Conceição que a tornou tabernáculo do próprio Deus, não ficando sujeita à essa espera, mas já sendo recebida pelos anjos com toda glória que a mãe de Deus é digna.

Sua assunção traz a nós a esperança de que também, um dia, teremos nosso corpo glorificado pela ressurreição de seu filho Jesus. Maria encontra-se na glória de Deus, onde todos nos encontraremos. Eis porque, hoje, Maria é sinal de consolação e esperança, pois Nela se cumpriu o objetivo final do caminho da fé: estar com Deus por toda a eternidade.

Mantenhamos nosso olhar e coração fixos naquela mulher que nunca abandonou seu filho Jesus e, com Ele, goza da alegria e da glória celeste. Confiemos em Maria! Que ela nos ajude a percorrer o caminho da vida, reconhecendo as grandes coisas que Deus faz em nós e em torno de nós.

Maísa Martins
Equipe de Redação PASCOM

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